domingo, 6 de novembro de 2011

Os caseiros

Juventude e Lajeadense farão a final da Copa Laci Ughuni. Conforme já se sabia na quarta-feira. Ontem, só protocolaram aquilo que já tinham construído dentro de casa. E nem sofreram. Souberam deixar os adversários tão fragilizados na primeira partida que, por mais forças que fizessem, sabiam a improbabilidade de reverter o resultado.

Em Novo Hamburgo, foi um treino. O Juventude precisava perder de 4 de diferença para fechar as portas. Fez um. Podia tomar 5. Tomou 2. Treinou. Picolli, por sinal, não gostou muito do que viu. A primeira derrota do Verdão no mata-mata. Era um teste. Decidirá fora de casa, como foi contra o São Paulo. Como poderia ter sido contra o Nóia. Mas não precisou. Decidiu em um jogo só. Queria a classificação para a D ontem. Terá que se dedicar mais um pouco.

Em Porto Alegre, quase não houve futebol. O Lajeadense soube controlar a juventude do Grêmio. Soube administrar o campo maior. E como grama. Estavam com saudade.No abandonado Florestal não tem. Só se pensa na nova arena. Na nova casa. E em casa o Lajeadense fez com que Biteco fosse mais um. E que o jogo da volta fosse somente controlar.

Dois times em condições de jogar Série D. É bom sinal. Um suspiro de esperança do futebol do interior gaúcho. É sim possível montar no presente um time melhor que o futuro da dupla Grenal. Uma perspectiva melhor para o Gauchão que se aproxima. Os elencos são mais pensados. Para o ano todo. E quem sabe fazer valer da casa... nova.. velha... Simplesmente em casa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Time grande

Ontem ficou definido. Juventude é o time grande da Copa Laci Ughini. Jogou como tal. Tinha um objetivo na competição. Está próximo de alcançar. Joga o melhor futebol dos que restaram na competição. É o que tem mais base de time, mantido da Série D. Está a um passo da final. Fez 3 a 0 no Novo Hamburgo. Jogou como grande. Que foi. Que não é mais. Mas que busca ser novamente.

Do time que caiu da Série A até ficar fora de série, o Juventude de hoje apresenta algo que talvez só havia no início dos anos 90: vontade de jogar. E a torcida percebeu isso. Acompanhou o time. Pelo menos no Jaconi. A Copinha, que até pouco tem era quase nada, hoje é tudo. É a chance de reerguer moralmente um passado recente. É a oportunidade de entrar no Gauchão tranquilo.

Humilhado com rebaixamentos, apesar do estádio mais estruturado do interior gaúcho. O Juventude de hoje tem, além da vantagem de 3 gols para o jogo de volta, a confiança do trabalho de Picolli. Quem trabalhou com ele enquanto jogador, sabia que ali se formava um grande técnico. Com visão. Com tática. É sincero. Não precisa enrolar.

Ainda na série D, após um bombardeio contra o Cruzeiro, Picolli disse: 'Perdemos muitas chanches. Não pode ser assim.' Dito e feito. Empate cruzeirense. Ontem não. Foi impiedoso. Aproveitou as oportunidades. Soube fazer valer o local. Soube fazer valer o time que tem. É, definitivamente o time grande da competição. Torce para que o Grêmio classifique. Garantiria antecipadamente a vaga. Quer ser grande de novo. Grande de verdade. E ontem, deu um grande passo para mostrar isso.