
A temporada 2011 finalmente acabou para o Pelotas. Finalmente. O ano que o Pelotas não quer lembrar. E nem tem muito mesmo o que recordar. Do 'planejado' Gauchão até o 'projeto' da Copinha, 2011 não trouxe grandes emoções. E daquelas que se esperava, não trouxe grandes resultados. O 2011 acaba para o Pelotas. Que não sentirá saudade alguma.
A despedida, foi tão insossa como o resto da temporada. Sapucaia voltando de lesão e Cleiton lesionados, Rodrigo Brasilia sem a confiança do técnico, que nem no banco o deixou. Gavião, sem ataque, optou pelos três atacantes. Saiu Cleiton, entrou Samuel. Trocou 6 por menos 1. Se só com Cleiton no primeiro jogo já foi complicado, sem ele, foi pior.
O Grêmio não queria jogar. Não queria estragar o gramado. O jogo do domingo é da TV.
E se o Lobão não queria jogar também, por que o sub-23 do Grêmio o faria?
A obrigação era do Pelotas.
O mesmo que eliminara o tricolor após 51 jogos sem perder. Ah... mas aquele era 2010. O Pelotas de 2011 não chegou nem perto. E assim foi o primeiro tempo. Nostálgico. Saudoso. De um passado não muito longe. Ali mesmo. E que agora definhava a lentidão de dois centroavantes inoperantes. E de um Clodoaldo 2011. Também diferente daquela outra versão.
Veio o segundo tempo. E com ele Chorão, o Roger Bastos. O Pelotas cresceu. Se lembrou que precisava de dois gols. Se lembrou que Paraíba e Samuel, sozinhos, não fizeram quase nada durante toda competição. E juntos foram menos ainda.
O Pelotas cresceu. Foi pra cima. Foram os melhores 22 minutos de Chorão com a camisa do Pelotas. E talvez os últimos. Duas cotoveladas. Dois tapas. Duas vezes o braço da irresponsabilidade ficou nos rostos gremistas. 2 jogos. 40 minutos. 3 cartões. Uma expulsão. E a possibilidade jogada fora de mostrar que merecia espaço. De sair da sombra do primo famoso. Chorão não aguentou. No melhor jogo. Chorão foi o diferencial. Positivo enquanto deu. E depois, sacramentando o 2011 aureoceruleo.
Do reveillon no Chamega ao ônibus novo, 2011 acabou. Diferente da final no Beira-Rio, como em 2010. Diferente dos 8 mil às 4 da tarde de uma quarta feira, em 2009. O Pelotas espera 2012 diferente. Tentará mostrar que não foi sorte. O Pelotas não foi copeiro. Não foi guerreiro. Foi apático. Sem talento. Então, torcedor aureoceruleo, feliz 2012.

